Luis Jerónimo

Devo ter começado a ler o Fernando Magalhães na altura em que os seus textos
começaram a aparecer em jornais como o Blitz ou o LP, em finais da década de 80,
como aqueles que encontramos nesta coletânea. Mas julgo que terei ainda deixado
virar a década antes de começar a reparar com olhos de ver no seu nome na
assinatura – ou tão só a sigla «FM». Sei porém que desde cedo aquela assinatura se
tornaria para mim um selo de qualidade, uma garantia de que ali iria encontrar uma
abordagem profunda, incisiva, abrangente, ora apaixonada, ora destrutiva, quase
sempre divertida. Eram, se a expressão existisse, verdadeiros «textos de autor».